Contínuação
A associação entre o Carnaval e as orgias pode ainda relacionar-se com as festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam eles dedicados ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcados pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.
Havia ainda, em Roma, a Saturnália e a Lupercália. A primeira ocorria no solstício de inverno, em dezembro, e a segunda, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias, com comidas, bebidas e danças. Os papéis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos. (festas pagãs).
Carnaval na Europa medieval e moderna
O Carnaval medieval era marcado por festas, banquetes e muitas brincadeiras.
Durante os carnavais medievais, por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam às ruas e aos campos durante
algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e
invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.
Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros eram improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram
criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi.
Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que
encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.
Era comum na Itália renascentista a realização de bailes de máscara durante o Carnaval.
A lógica que regia as festas da Antiguidade era a mesma para o Carnaval na Europa da Idade Média e Moderna: o mundo de cabeça para baixo. Sendo assim, tratava-se de um período
de inversão proposital da ordem, portanto, as restrições das vidas das pessoas eram
abolidas, e os papéis que existiam naquela sociedade, invertidos.
A partir do século XVI, houve iniciativas de impor o controle sobre as festas carnavalescas no continente. Essa tentativa de silenciamento foi uma reação aos conflitos religiosos que
atingiam a Europa naquele período, mas também pode ser explicada como forma de impor controle social. Outra explicação pode ser o conservadorismo vigente que buscava demonizar
as festas populares.
BAILE DE MÁSCARAS EM VENEZA
Carnaval no Brasil
A história do Carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. As primeiras grandes
manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma brincadeira de origem portuguesa que,
na colônia, era praticada pelos escravos. Nela, as pessoas saíam às ruas sujando umas às
outras jogando lama, urina etc. O entrudo foi proibido em 1841, mas continuou até meados
do século XX.
Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos, e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais foram incorporados à maior
manifestação cultural brasileira.
CORDÕES BAILES NOS SALÕES
MANIFESTAÇÕES CARNAVALESCAS
GRANDES DESFILES DE FANTASIA, TEATRO MUNICIAL RIO DE JANEIRO.
MUITO PRESTIGIADO NOS ANOS 1950, 1960, 1970
ESCOLAS DE SAMBA RIO DE JANEIRO BLOCOS NAS RUAS DE SÃO PAULO
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