segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

HISTÓRIA DO CARNAVAL - Pág 2

Contínuação

 A associação entre o Carnaval e as orgias pode ainda relacionar-se com as festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam eles dedicados ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcados pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.


Havia ainda, em Roma, a Saturnália e a Lupercália. A primeira ocorria no solstício de inverno, em dezembro, e a segunda, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias, com comidas, bebidas e danças. Os papéis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos. (festas pagãs).


Carnaval na Europa medieval e moderna

O Carnaval medieval era marcado por festas, banquetes e muitas brincadeiras.
Durante os carnavais medievais, por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens   jovens  que se  fantasiavam  de mulheres  saíam às ruas e aos   campos  durante 
algumas  noites.  Diziam-se  habitantes da  fronteira do  mundo dos  vivos  e dos mortos e
 invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.

 CARNAVAL MEDIEVAL

Durante o Renascimento,  nas cidades italianas, surgia a  commedia dell'arte, teatros eram improvisados cuja popularidade  ocorreu até o século  XVIII.   Em Florença, canções  foram 
criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi.
Em  Roma e  Veneza, os  participantes  usavam  a bauta,  uma  capa  com capuz  negro que
encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.

Era comum na Itália renascentista a realização de bailes de máscara durante o Carnaval.
A lógica que regia as festas da Antiguidade era a mesma para o Carnaval na Europa da Idade Média e Moderna:  o mundo de  cabeça para baixo.  Sendo assim, tratava-se de  um período 
de  inversão  proposital da ordem,  portanto, as  restrições das  vidas das  pessoas eram 
abolidas, e os papéis que existiam naquela sociedade, invertidos. 

Baile de máscaras na época renascentista.

A partir do século XVI, houve iniciativas de impor o controle sobre as festas carnavalescas no continente.   Essa tentativa  de  silenciamento  foi  uma  reação aos  conflitos   religiosos  que
atingiam a   Europa naquele período, mas também pode ser explicada como  forma de impor controle social. Outra explicação pode ser o conservadorismo vigente que buscava demonizar
as festas populares.

    

                                        BAILE  DE  MÁSCARAS  EM  VENEZA


Carnaval no Brasil
A  história  do Carnaval no Brasil   iniciou-se no  período  colonial.    As primeiras grandes  
manifestações  carnavalescas foi  o entrudo,  uma  brincadeira de origem  portuguesa que, 
na colônia, era  praticada pelos  escravos.  Nela, as pessoas  saíam às ruas sujando umas às 
outras jogando lama, urina etc. O entrudo foi proibido em 1841, mas continuou até meados
 do século XX.

 ENTRUDO RIO DE JANEIRO.

Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos, e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais foram incorporados à maior
manifestação cultural brasileira.
                                          
                         CORDÕES                                                       BAILES NOS SALÕES
        

          DESFILE DE CORSO

                                              MANIFESTAÇÕES  CARNAVALESCAS

   
                FREVO EM RECIFE                                        NOS CAMAROTES EM SALVADOR

GRANDES DESFILES DE FANTASIA, TEATRO MUNICIAL RIO DE JANEIRO.
MUITO PRESTIGIADO NOS ANOS 1950, 1960, 1970




  ESCOLAS DE SAMBA RIO DE JANEIRO            BLOCOS NAS RUAS DE  SÃO PAULO

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